22 de outubro de 2013

Assessor de Feliciano chega a Feira para acompanhar caso de pastor morto em troca de tiros

Pastor Mário Sales morreu em confronto com a polícia
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara de Deputados vai acompanhar as investigações sobre a morte do presbítero Gilmário Sales Lima, mais conhecido como Mário Sales, de 24 anos, e o pregador Jeisivam Cristiano Dias Brito, 26, ocorridas na última quinta-feira, 17, em Feira de Santana (a 116 quilômetros de Salvador).

Gilmário é apontado pela polícia como componente de uma quadrilha especializada em tráfico de drogas e roubo de veículos e foi morto em suposta troca de tiros com policiais.

Talma Bauer, chefe de gabinete do deputado Marco Feliciano, presidente da comissão, veio a Feira de Santana e se reuniu nesta segunda-feira, 21, à tarde com o coordenador da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (1ª Coorpin), delegado Ricardo Brito, para apurar os fatos ocorridos durante a operação que resultou na morte de quatro pessoas.

"O que posso dizer é que algumas informações estão obscuras e que devem ser esclarecidas pela autoridade policial. Estamos aqui para coletar informações sobre as investigações que devem ser levadas para a CDHM", disse assim que chegou a delegacia.

Ele informou que a CDHM foi acionada por familiares e irmãos de igreja do presbítero e que não há ligação com o fato do deputado Marco Feliciano ser evangélico.

"Este é o primeiro caso envolvendo evangélicos que apuramos. Mas a comissão de direitos humanos acompanha vários casos envolvendo várias etnias e categorias como, por exemplo, as vitimas de chumbo em Santo Amaro da Purificação, então foi coincidência nada mais", frisou.

Assessor de Marco Feliciano está acompanhando o caso
O chefe de gabinete veio acompanhado de uma comitiva de pastores e líderes de igrejas evangélicas de Salvador. O pastor Marcos Batista disse que conhecia Mário Sales desde criança e que tomou um susto ao saber das acusações.

"Não acredito no que estão atribuindo a ele, para se ter uma idéia ele não sabia dirigir e quem dirigia o carro para ele era Jeisivam, que inclusive vinha acompanhando ele há pouco tempo. Mas destaco que estamos aqui para sabermos a verdade e não para acusarmos ninguém. Caso fique provado que o Mário errou, sou o primeiro a divulgar a verdade isto eu garanto, mas não vamos macular a imagem de alguém que não pode se defender", destacou.

Relatório - Nesta segunda-feira, 21, à noite, o chefe de gabinete se reuniu com familiares dos quatro mortos na suposta troca de tiros. "Irei fazer um relatório e entregar ao presidente da comissão. Se for necessário, voltaremos aqui para ouvirmos mais pessoas envolvidas no caso", informou.

O coordenador Ricardo Brito disse que não ficou surpreso com a visita do chefe de gabinete e que entregou cópia do inquérito policial para que fosse entregue a comissão. "Ele esteve aqui devido ao clamor popular, mas mostrei todos os depoimentos e provas sobre o caso e que comprovam que o presbítero Mário Sales tinha envolvimento com a quadrilha comandada pelo Rabicó", garantiu o delegado.

Duas pessoas que foram vitimas de assalto, que segundo a polícia foram praticados pela quadrilha, estiveram na delegacia para prestar depoimento. Entre elas estava um pastor, que preferiu não ser identificado, que teve um veiculo tomado de assalto há cerca de 8 meses em Feira de Santana.

"Meu filho foi a vitima do assalto e reconheceu por foto Jeisivam e Fábio como autores do assalto. Por pouco eles não tiraram a vida de meu filho que até hoje tem problemas por causa desta violência".

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