14 de abril de 2014

É Campeão! Bahia fatura o título baiano com empate no segundo BaVi da final

Domingo, 13 de abril de 2014. Dia em que o Campeonato Baiano foi decidido no estádio de Pituaçu: o dia em que o Bahia empatou com o Rubro-Negro na casa provisória do rival e levantou seu 45º troféu de campeão estadual. Dia em que os 10% da arquibancada destinados à torcida tricolor calaram os 90% que deveriam ser ocupados por rubro-negros.


Mas se é um dia para ser lembrado por uns, precisa ser esquecido por outros. Lembrado pelo futebol, esquecido pela violência dentro e fora do estádio. Num dia de sol da capital baiana, o que se viu, além do demonstrado em campo em Pituaçu, foi uma série de agressões entre torcedores de Bahia e Vitória – e entre os próprios apaixonados pelo Rubro-Negro. Desde a manhã, a cidade que respirava o Ba-Vi assistiu a ataques supostamente motivados pelo clássico. Torcedores internados, outros presos, PM em ação nos arredores do estádio. Bombas de gás, correria e confusão. Nas arquibancadas, durante o jogo, conflitos incessantes. Dia em que futebol ganhou e perdeu.

Em campo, jogo igualmente tenso. Do primeiro ao último minuto, encaradas, empurrões, faltas e até algumas discussões. Oito cartões amarelos, pênalti e um cartão vermelho. Todos os elementos comuns a um clássico estiveram presentes no estádio de Pituaçu. Mas o Bahia fez seu resultado ainda no primeiro tempo. Equilibrado, o Tricolor soube atacar e defender e desceu para o vestiário com dois gols marcados: Fahel e Lincoln.

No segundo tempo, o Vitória ressurgiu e mostrou garra. Ofensivo e ansioso, o Rubro-Negro teve gols marcados por Juan e Ayrton. O resultado, no entanto, não foi o suficiente para anular a vantagem que o Bahia tinha por ter vencido o primeiro clássico por 2 a 0 na Fonte Nova.

Bahia abre 2 a 0, e torcida do Vitória deixa estádio antes dos 45'

A partida começou com equilíbrio e ares de que o título seria decidido nos últimos minutos. Clima tenso dentro e fora de campo: confusões nas arquibancadas e inúmeras faltas nas quatro linhas. O Vitória iniciou o duelo botando pressão: a ideia inicial era mostrar poder ofensivo e tentar sufocar os contra-ataques do Bahia. No entanto, o espírito de partir para cima não durou muito tempo. Aos 19 minutos, veio o banho de água fria: em uma cobrança de falta, Talisca mandou a bola na área, Neto Coruja vacilou na marcação e Fahel cabeceou para o fundo da meta defendida pelo goleiro Wilson.

Como de costume, o Leão sentiu o baque, sob os gritos de ‘Ah, é Lepo Lepo’ que vinham do setor destinado à torcida visitante. Em uma partida nervosa, o Bahia conseguiu equilíbrio para chegar ao ataque sem desguarnecer a defesa. Com uma forte marcação atrás da linha do meio de campo, o Tricolor dificultou as ações ofensivas do rival. No ataque, Rhayner quase fez o segundo gol aos 38 minutos, mas compensou quatro minutos depois, com um belo lançamento para Lincoln, que não perdeu a oportunidade. A torcida do Vitória deixava o estádio antes mesmo do término do primeiro tempo.

Leão reage e corre atrás, mas empate sacramenta título tricolor

Na segunda etapa, o Vitória voltou com mais vontade. Apesar de estar atrás no placar, o Rubro-Negro não jogou a toalha e tentou tirar o atraso. Com William Henrique em campo, no lugar de Souza, o Leão ganhou mais mobilidade e conseguiu diminuir a vantagem tricolor. De pênalti, Juan fez o gol rubro-negro aos 13 minutos.

O Vitória tinha pressa e corria atrás do resultado – mesmo com um jogador a menos, depois que Matheus Salustiano foi expulso por ter levado o segundo amarelo. Pressionado, o Bahia preocupava-se em se defender das investidas do rival. Lomba salvou aos 27, mas não conseguiu repetir o feito aos 28. Em uma falha da defesa tricolor, Ayrton tabelou com William Henrique e marcou um golaço. Preciosista, o Bahia teve algumas chances de marcar o terceiro, mas desperdiçou. Luiz Gustavo ainda salvou o Leão em um chute de Talisca no fim da partida. Ainda assim, o empate marcado no placar eletrônico era o suficiente para a felicidade geral da nação tricolor.

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