As nomeações dos aprovados no concurso público da Secretaria Municipal de Educação, realizado em 2010, foi o tema principal da primeira audiência pública da Câmara Municipal de Salvador, realizada na manhã desta quinta-feira (21), no Edifício Bahia Center. No debate proposto pelo vereador Everaldo Augusto (PCdoB), em nome da Comissão de Educação, Cultura Esporte e Lazer, os profissionais aprovados no certame exigiram da prefeitura de Salvador celeridade no processo.
A falta de educadores em muitas escolas da rede municipal de ensino foi alertada pela professora Arielma Galvão, que detalhou os números do concurso público e a necessidade das instituições municipais de ensino.
O certame da Secretaria de Educação disponibilizou 2.185 vagas. Deste total, 1.825 para o ensino superior e 300 para o ensino fundamental. Até agora, apenas 48% das vagas de professores foram ocupadas. “Não existe justificativa para essa demora. A não contratação dos profissionais está causando um prejuízo enorme na qualidade do ensino”, declarou o vereador Everaldo Augusto.
Outro questionamento feito pelos educadores é em relação à colocação de estagiários para assumir, irregularmente, as vagas que seriam dos concursados em sala de aula. Sobre esta situação, comentou uma estagiária que estava na audiência pública e que preferiu não se identificar, por medo de retaliações.
“Está insuportável. Quando foram nos recrutar, nos trataram muito bem. No dia-a-dia, a situação é bem diferente. Nos cobram como se fôssemos profissionais e nos pagam como estagiários. É muito cômodo para a Secretaria de Educação colocar estagiário no lugar dos concursados porque recebemos três vezes menos do que os profissionais”, lamentou a professora estagiária.
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato), Elza Melo, questionou a prioridade dada pela prefeitura de Salvador à convocação do concurso da Secretaria Municipal de Saúde.
“Ele (o prefeito ACM Neto) disse que iria arrumar a casa, mas está desarrumando. Não importa se ele tem 40 ou 50 dias no cargo. Ele pode resolver. Por que a saúde foi prioridade e teve os profissionais convocados? A educação é tão importante quanto à saúde. Desta forma, nem a saúde nem a educação estão prestando serviços de qualidade ao município. O que falta para as convocações e nomeações acontecerem é somente vontade política”, opinou Elza Melo.
Diante de todas as questões elencadas pelos educadores na audiência pública, o subsecretario municipal da Saúde, Eliezer Cruz, reconheceu que “há falhas na celeridade do processo”. Entretanto, ressaltou a necessidade das escolas municipais e, sobretudo, a “vontade da secretária em adiantar o processo de convocação e nomeação dos professores”.
Sobre a colocação de estagiários no lugar de profissionais, Cruz também assumiu que não é a situação ideal, mas justificou a opção da pasta. “O caso é de extrema necessidade. Repito: é melhor que tenham estagiários para ajudar do que não ter ninguém. O estagiário é valorizado na Secretaria Municipal de Educação”, garantiu o subsecretário. (Bocão News)
A falta de educadores em muitas escolas da rede municipal de ensino foi alertada pela professora Arielma Galvão, que detalhou os números do concurso público e a necessidade das instituições municipais de ensino.
O certame da Secretaria de Educação disponibilizou 2.185 vagas. Deste total, 1.825 para o ensino superior e 300 para o ensino fundamental. Até agora, apenas 48% das vagas de professores foram ocupadas. “Não existe justificativa para essa demora. A não contratação dos profissionais está causando um prejuízo enorme na qualidade do ensino”, declarou o vereador Everaldo Augusto.
Outro questionamento feito pelos educadores é em relação à colocação de estagiários para assumir, irregularmente, as vagas que seriam dos concursados em sala de aula. Sobre esta situação, comentou uma estagiária que estava na audiência pública e que preferiu não se identificar, por medo de retaliações.
“Está insuportável. Quando foram nos recrutar, nos trataram muito bem. No dia-a-dia, a situação é bem diferente. Nos cobram como se fôssemos profissionais e nos pagam como estagiários. É muito cômodo para a Secretaria de Educação colocar estagiário no lugar dos concursados porque recebemos três vezes menos do que os profissionais”, lamentou a professora estagiária.
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato), Elza Melo, questionou a prioridade dada pela prefeitura de Salvador à convocação do concurso da Secretaria Municipal de Saúde.
“Ele (o prefeito ACM Neto) disse que iria arrumar a casa, mas está desarrumando. Não importa se ele tem 40 ou 50 dias no cargo. Ele pode resolver. Por que a saúde foi prioridade e teve os profissionais convocados? A educação é tão importante quanto à saúde. Desta forma, nem a saúde nem a educação estão prestando serviços de qualidade ao município. O que falta para as convocações e nomeações acontecerem é somente vontade política”, opinou Elza Melo.
Diante de todas as questões elencadas pelos educadores na audiência pública, o subsecretario municipal da Saúde, Eliezer Cruz, reconheceu que “há falhas na celeridade do processo”. Entretanto, ressaltou a necessidade das escolas municipais e, sobretudo, a “vontade da secretária em adiantar o processo de convocação e nomeação dos professores”.
Sobre a colocação de estagiários no lugar de profissionais, Cruz também assumiu que não é a situação ideal, mas justificou a opção da pasta. “O caso é de extrema necessidade. Repito: é melhor que tenham estagiários para ajudar do que não ter ninguém. O estagiário é valorizado na Secretaria Municipal de Educação”, garantiu o subsecretário. (Bocão News)
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