27 de junho de 2017

Controle Social e Participação: Como participar da administração da cidade e impedir possíveis atos de corrupção?


Participar da administração municipal é dever de todo cidadão, e por esse motivo se faz necessário um aprofundamento desse tema nas reuniões de associações, sindicatos, igrejas e demais entidades. É notório que ao ficarmos alheios as decisões do poder público sem impor nossas opiniões, sugestões e críticas, nos tornamos reféns de um futuro incerto.
Os ausentes nunca têm razão. - Philippe Destouches
A ausência popular nos espaços de discussões e decisões maximiza nossa responsabilidade sobre todos os efeitos da corrupção. Não podemos apontar para os políticos e acusá-los de corruptos enquanto estamos usando as mãos para tapar nossos olhos, ouvidos e boca. A nossa omissão e passividade contribui diretamente para o caos que o país enfrenta hoje.

A política é essencial à vida. É por ela que todas as relações se dão. É pela política que se define a estrutura social, o regime de um país, a economia, as relações de poder e tudo mais. Nos meandros da política se define o preço do gás, da comida, da energia, da água que consumimos, etc. Estar indiferente a toda essa discussão é no mínimo, ser irresponsável consigo e com os demais.

A vivência comunitária impõe o debate político como ordem social. Todo cidadão tem direitos e deveres na comunidade onde está inserido. Até mesmo o ato de quem bate no peito e diz orgulhosamente que ‘odeia a política’ é um ato político. Essa pessoa têm os mesmos direitos e deveres que todas as outras. O único problema é que ela ainda não entendeu que essa revolta burra não diminui sua miséria e nem aumenta sua riqueza.

São Tomás de Aquino afirmava: “A política é a arte de formar homens e administrar visando o bem comum.” O filósofo Platão, que foi professor de Aristóteles, destacava: “Não há nada de errado com quem não gosta de política. Simplesmente serão governados por aqueles que gostam.” Eis o problema: e se quem gosta de política for mau caráter e corrupto?

Até mesmo nas comunidades animais existem ordens e hierarquias estabelecidas. Observando as formigas, percebemos que trabalham juntas para toda comunidade e são divididas por grupos de trabalho. Sem leis, constituição ou regimento, elas obedecem a uma regra natural entre si. Isso seria um ato político?!  As formigas, por acaso, tem a capacidade de raciocínio para compreenderem a política?! E nós, seres racionais, compreendendo o meio em que vivemos, com todas as leis que temos, direitos e deveres, decidiremos viver indiferentes as decisões que ‘tomam’ sobre nós?!
Existem diversos mecanismos de participação e controle social. Os conselhos municipais são ferramentas importantes para contribuir nos espaços de decisões da Prefeitura e da Câmara de Vereadores da cidade. Além dos conselhos municipais, as associações comunitárias, sindicatos, ongs e igrejas têm importante papel no município e precisam estar a par de temas relacionado a decisões políticas. Participar das sessões no Legislativo Municipal, acompanhar as publicações no diário oficial (DOEM), acessar o Portal da Transparência, Portal do Tribunal de Contas da Bahia, dentre outras formas de participação. 
Participar é dever. É não permitir-se ser ‘telespectador’ e estar sentado assistindo as decisões do gestor ou de vereadores, com indignação apenas. Só haverá sociedade sem corrupção se orientarmos uns aos outros sobre nossas próprias corrupções, e juntos, somente juntos, estarmos atentos e vigilantes ao dinheiro público e as decisões de quem, em nome do povo, detém o poder.

Renilson Silva - Blog Biritinga Informa

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