7 de julho de 2016

O governo ideal para nossa querida Biritinga (I)

O governo ideal para nossa querida Biritinga (I)

Diálogos pertinentes:

(Por: Renilson Silva)


Antes de inciar sobre ‘governo ideal’, é importante afirmar que: ‘não existem pessoas sem defeitos’. Somos seres humanos, e portanto, imperfeitos. Mas, na administração pública é possível que haja mecanismos para coibir ao máximo que nossos defeitos interfiram no bem público e bem estar de toda a população. Corrupção não é propriedade apenas da política, é, antes de tudo, uma déficit moral das ‘pessoas’.  O político corrupto será corrupto no trabalho, na família, na comunidade religiosa, ou onde quer que seja. Isso nos ajuda a compreender a famosa frase atribuída a Abraham Lincoln: “Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.”

“Uma sociedade só é democrática quando ninguém for tão rico que possa comprar alguém e ninguém seja tão pobre que tenha de se vender a alguém”
― Rousseau



Não existem pessoas perfeitas, mas isso não significa que tudo está perdido. Se a força dos bons e do bem for maior que a força dos mal e dos maus, certamente poderemos acreditar em um governo justo ou o mais próximo disso. Mas, para que a governabilidade alcance o ideal, se faz necessários o início de uma cultura inversa ao atual modelo político vigente em nosso município, e isso significa sacrifício (você se habilita a mudar seu próprio comportamento, ser mais engajado com a comunidade e parar de olhar menos para o próprio umbigo?!) Atualmente, estamos condicionados a um sistema político que exclui o povo da participação, do protagonismo. A figura do político ainda soa como a de um coronel, que apenas dá ordens. O eleitor ainda sob o jugo da pobreza, comercializa seu voto, porque acredita que seja esse o único valor que lhes resta. 

O assistencialismo-eleitoreiro é a ferramenta mais forte em épocas de eleição, porque o Estado (GOVERNO) não cumpre seu papel perante as inúmeras famílias desassistidas. Esse tipo de estratégia para ganhar as eleições é um golpe medíocre. (E portanto, precisamos compreender e discernir a função do ESTADO, e o papel do GESTOR, são figuras distintas.) Lembro-me de ter assistido o filme Irmã Dulce, e em determinado momento do filme, um jornalista a pergunta ‘Irmã Dulce, isso que a senhora faz é assistencialismo (ligado a política)?’ e ela responde: “Não. meu filho. Assistencialismo é tirar proveito da miséria do pobre.

O papel assistencialista que muitos candidatos fazem em Biritinga, denota a prática da ‘falsa caridade’, porque ao ajudar alguém, há uma cobrança velada e alguns casos, escancarada, do voto. Compra-se o voto com remédios, cirurgias, alimentos, e outros itens. O voto foi barateado por um sistema político sujo. Quem estaria disposto a mudar?! E de onde começa a mudança?!

Eixos do ideal:

Participação

A participação da sociedade no processo político inibe qualquer ato de corrupção. Os conselhos municipais tem legitimidade de controle, ou, no nosso caso, teriam, se fossem efetivos e funcionassem como deveriam. Fiscalizando, combatendo, enfrentando, e propondo novas formas. Mas, sequer sabemos que são e se de fato existem. As reunião desses Conselhos deveriam ser feitas em locais públicos, e anunciados previamente no rádio e em outros veículos de comunicação para que todos fossem convidados à participação. 

Transparência 

Recentemente, Biritinga entrou para a lista dos piores municípios no ranking da Transparência do Ministério Público Federal. Isso reafirma a necessidade de um Executivo e Legislativo que ‘prestem satisfação ao cidadão’. Mas, o que parece é que caminhamos para trás. Para piorar a imagem da cidade, o Presidente da Câmara de Vereadores de Biritinga publicou um decreto proibindo a filmagem, fotografias ou qualquer tipo de gravação de áudio das SESSÕES PÚBLICA. A atitude autoritarista reforça a necessidade de um novo modelo político. 

A Prefeitura Municipal de Biritinga recebe entre R$ 2,5 a 3 milhões por mês, e é repassado para a Câmara Municipal um montante acima de R$ 60 mil mensalmente. É dever desses poderes, prestar contas a comunidade biritinguense, de forma clara, ou melhor seria, em praça pública, sobre o orçamento municipal a cada seis meses. Verba não é dinheiro particular, é dinheiro público.

"Quando o Justo governa o povo se alegra, mas quando o ímpio domina o povo geme."
Provérbios 29:2

Biritinga, 07 de Julho de 2016

Renilson A. da Silva - Blog Biritinga Informa

Observações: 

Esse é o primeiro post. Estaremos postando em partes para que a leitura seja breve. Convido você a contribuir conosco, comentando, enviando suas opiniões, críticas e sugestões. 

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