24 de março de 2013

Morre em Salvador jovem serrinhense de 23 anos que pesava 280 kg

Morreu na noite desta sexta-feira (22) Francisco Araújo e Silva, 23 anos, portador de obesidade mórbida decorrente de Síndrome de Prader-Willi. Ele estava internado desde o dia 19 deste mês na UTI do Hospital Geral Roberto Santos.

A causa da morte, segundo informou em nota a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), foi apontada como falência de múltiplos órgãos. O corpo foi encaminhado neste sábado (23) para Serrinha, onde será sepultado.

Com quadro de pneumonia, o jovem voltou a se internar três meses depois de receber alta do Hospital Roberto Santos e voltar para Serrinha. Ele pesava cerca de 280 kg, e chegou a sofrer duas paradas cardíacas.

A transferência de retorno de Francisco estava marcada para domingo, mas o estado de saúde do jovem se agravou e ele só teve condições de ser locomovido na segunda. Desde o início da semana passada, ele estava internado no Hospital Municipal de Serrinha, precisando de ajuda de máquinas para respirar.

Uma ambulância do Roberto Santos foi disponibilizada para trazer Francisco a Salvador. Policiais militares, civis e voluntários ajudaram a colocá-lo na ambulância, que conta com uma UTI móvel. Já no Roberto Santos, ele continuava na UTI, respira com ajuda de aparelhos e seu estado era considerado grave, mas estável.

Corpo de Francisco está sendo velado na câmara de vereadores
Síndrome - Segundo Osmário Salles, chefe do setor de endocrinologia do Hospital Geral Roberto Santos, a síndrome que o jovem possui é rara e pode ser identificada enquanto o feto ainda está na barriga da mãe. "Os obesos tem uma causa endócrina ou uma causa genética para a sua obesidade. O nosso paciente tem a principal síndrome da obesidade associado à genética. Se fizer o ultrassom, são aqueles fetos com pezinho pequeno, mãozinha pequena. Quando nasce, é uma criança extremamente hipotônica, com fraqueza, com dificuldade em sugar o seio da mãe", explicou.

O especialista acrescentou que crianças com esse tipo de problema, quando atigem a idade de dois ou três anos, começam a apresentar apetite excessivo por conta da doença e passam a engordar de maneira acelerada. "Elas não param de comer. Além disso, elas têm uma fraqueza muscular intensa. Essas crianças desenvolvem atrofia muscular muito grande, osteoporose, má formação esquelética, baixo QI [quociente de inteligência]. Esses pacientes dificilmente passam dos 40 anos", apontou.

As pessoas com esse quadro dificilmente conseguem ter uma vida normal, informou o médico. "Não pode engordar, porque depois que engordar é extremamente difícil fazer perder peso. A obesidade é considerada a doença mais difícil da medicina. É a doença que mais mata. É um problema muito sério, associado a problemas cardiovasculares. O sistema de saúde e o governo deveriam intervir de forma mais pesada porque nós temos uma epidemia no mundo", avaliou. Foto: Facebook e Calila Noticias, PCS

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